Nelson Évora era, naturalmente, um atleta feliz, ao vencer a prova do triplo salto no Mundial de Osaka. “Entrei muito bem na prova e sabia bem que queria fazer um bom resultado”, afirmou. “Sabia também que o recorde pessoal (era 17,51) devia dar medalha”. “Ainda não consigo acreditar que o fiz... estou muito feliz”, acrescentou, consciente de que, a partir de agora, e atendendo à idade (23 anos), passa a ser encarado de outra forma. No futuro próximo diz que precisa de “ganhar experiência” e “amadurecer”. Depois, “ir mais além”, sempre motivado pela procura de recordes pessoais. “Um dia, quem sabe, talvez chegue à barreira dos 18,00 metros”, mas o recorde do Mundo (18,29m), esse, é mais difícil, e “se lá chegar, será com naturalidade”. Nelson Évora propõe-se continuar a “trabalhar forte, com alegria e amor, para chegar mais longe”, não fixando limites. Nascido na Costa do Marfim, de pais cabo-verdianos, está em Portugal desde os seis anos, tendo-se naturalizado português já adulto. E quando deu a volta à pista com a bandeira e depois ouviu o hino, no pódio, confessou que se emocionou: “Tudo o que adquiri do atletismo, foi em Portugal. É aí que tenho as minhas raízes, claro que me sinto português, sim!”.
Alexandre2
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